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Educação Infantil – a necessidade de um novo olhar para a nova geração.

Atualizado: 4 de dez. de 2023

Para aqueles envolvidos com a Educação Infantil, não é preciso mergulhar profundamente na rotina escolar para perceber as mudanças de comportamento e as novas experiências da geração atual de crianças. Como tudo no mundo atual, elas evoluíram a uma velocidade surpreendente, nos desafiando a repensar e reformular nosso conceito de educação infantil, tornando esse um dos maiores desafios enfrentados pelas instituições atualmente. Entender o desenvolvimento dessa nova geração e quais as diferentes maneiras de aprender que cada criança traz consigo é o que fará diferença na educação.


Criança é movimento, é experiência, é alegria.

Há alguns anos, a infância era vivida na rua entre as brincadeiras com os amigos e com um espaço determinado pelos pais de onde podia-se ir e vir.


As atividades eram variadas: pique-pega, cobra-cega, pique-bandeira, queimada, amarelinha, pular corda, pular elástico. E quando se cansavam dessas, recorriam ao faz de conta, mergulhando na imaginação com brincadeiras como casinha, carrinhos de corrida, adedonha, boca-de-forno, coelhinho sai da toca, entre outras.


A mudança na concepção de criança mudou também a identidade dela, colocando-a como sujeito de direito.

O tempo passou. E o mundo, ah o mundo! Em uma lógica e eterna mudança.


Hoje, a realidade é diferente. Mas isso não necessariamente é algo ruim!


Muitas crianças ainda conhecem e vivenciam as brincadeiras citadas anteriormente. No entanto, é inegável o espaço que a tecnologia ocupa em suas vidas. Em alguns momentos, elas são superestimuladas; em outros, parecem desinteressadas, tendo dificuldades com tarefas simples do dia a dia, especialmente se essas tarefas não oferecem algum tipo de recompensa.


Não é possível voltar ao que era considerado uma infância tradicional, que, para muitos, parece ser uma infância "melhor". No entanto, podemos nos adaptar e melhorar a forma como nos comunicamos com essas crianças.


Infelizmente, a desatualização, o falta de tempo para estudar e compreender como evoluir com o planejamento de ensino para a nova geração e as novas tecnologias, traz aos envolvidos na educação um desafio talvez nunca vivido. Muitos pais e professores se sentem desorientados, enfrentando desafios para gerenciar o uso de telas em casa.



Então, como podemos mudar o nosso olhar em relação a educação infantil? É possível?


Cada atividade na educação infantil para a nova geração tem por obrigação oferecer a construção das habilidades e o desenvolvimento das funções executivas. Funções essas que lá atrás eram exercitadas nas brincadeiras, no coletivo.


Esses movimentos agora são difíceis de serem desenvolvidos sozinhos, não porque não seja possível, mas porque estamos em um outro momento como sociedade e precisamos de um olhar mais sensível para determinadas habilidades.


A Educação Infantil é um marco para a aprendizagem. Nela, é permitido as brincadeiras, as vivências, as convivências, a construção e as ações de elaboração mental e física. E tudo isso precisa ser adaptado com o passar do tempo.


É na ludicidade que a escola precisa pensar o desenvolvimento das habilidades infantis, cognitivas ou socioemocionais, focando na perspectiva do amparo às concepções do educar e cuidar – onde o cuidar é o processo educativo e o educar é o processo de cuidar.


Nessas belas estruturas do lúdico é que cada criança processa sua aprendizagem e evolui.


Numa ação dialógica entre atitude e construção de aprendizagem, cada atividade deve ser planejada para que a criança possa entender, fazer, processar, avaliar e ter a oportunidade de refazer sempre.


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